quinta-feira, 22 de janeiro de 2015
Lembrança chata
Que lembrança chata, que vem invade minha membrana rala, fina, quase imperceptível a olho nu, mas que no âmago fere tanto quanto já feriu. Que dor, que dor, que dó de mim. Fico triste sempre, choro, mudo, emudeço e imploro. Oh, Deus meu! Tira-me o seio, o rim ou os olhos pelo preço de extirpar-me esta dor. Dói o colo, dói tudo, dói o colo do útero de minha velha, afastada e não mais amada. Dói o cenho, força o freio, e impede minh'avida de viver. Quero paz, ó Deus que abençoastes este Paz, e sabedoria pra lidar com os dias frios da saudade e a morte em taça de vinho tinto e sangue.
Assinar:
Postagens (Atom)