sábado, 28 de setembro de 2013

Essa saudade derepente, é muito chata.

Descanse em paz, cara!

Semana chata

meados de 2010
 Tudo acontecendo de uma só vez.
 Um grande amigo, que já havia se tornado velho amigo em apenas três anos, nos deixou na ultima semana. Foi um choque só. Cidade pequena, todos estavam cientes de uma só vez. Foi um alvoroço só. Amigos chorando, comerciantes comentando, as pessoas querendo saber o que houve. Mas só houve.
 Andrew nos deixara num fim de tarde de setembro. Procurara o caminho mais fácil, e mais doloroso. Decidiu tirar sua vida, infelizmente. Deixou uma lacuna na vida de seus parentes, familiares, amigos... Todos nós teremos uma lembrancinha só que seja de ti, um ato, uma responsa que seja. Uma ação calorosa de sua parte.
 Lembro de momentos em que me dera conselhos sobre como agir em determinados momentos. Lembro-me de como ria contando seus problemas, debochava deles, e sempre sorria, sempre. Me lembro bem daquela fatídica tarde em que cai de skate, lhe mostrei a foto do machucado e você me desenhara.
 Me lembro dos toques que me dava no skate, era novato no longboard e aprendi muito só te observando. E assim fazia na vida, só te observava. Via como era cada movimento seu, como reagia a cada obstáculo, qual era seu jogo de cintura pra cada conflito.
 Me senti assustado num primeiro instante quando nos deixara, pensei que fosse mentira, boatos... mas não era. Demorei uma madrugada inteira de bebedeira para entender o que havia acontecido, uma madrugada toda em claro para processar a informação. Tive só até o dia seguinte para entender que não voltaria a vê-lo. Serão muitos eventos de downhill slide que lembraremos do teu rosto, dos seus sorrisos, da sua risada.
 Mas sempre pensaremos em ti com emoção.

 Agora sigo assim, na luta contra o vício do cigarro, nos rolês sem ganja, e aproveitando os finais de semana sem uma gota de álcool. Um dia após o outro.
 Com calma tudo se ajeita. E aos poucos vou tomando consciência, que além de não ter mais o Andrew aqui por perto, serei pai e terei de estar esperto.

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Como é chato escrever por obrigação.

 Eu e o Dan temos um projeto chamado Sarau Amais. Queremos usar um espaço público aqui da cidade para organizar um Sarau (dã), e dar ênfase aos poetas amadores da cidadezinha-joia. Antes disso, falamos com um vereador conhecido do pai do Dan, e o mesmo adorou (ui) a ideia. Disse que até estudaria a causa, mas teríamos que apresentar o projeto para ele.
 Nos mesmo instante, ele me perguntara: Tens algo digitado, um projeto impresso ou tópicos a me apresentar?
 E claro que respondi: Tenho, só falta imprimir(bullshit).
 Fiquei de levar na mesma tarde para o vereador e corri em casa para digitar em menos de duas horas e lhe entregar. Aí o porém, me esqueci que havia um compromisso no mesmo dia e não pude digitar o documento. Fui adiando cada vez mais e hoje são duas semanas de atraso da documentação. Que relaxo!
 Fiquei acordado ontem, quarta-feira, até de madrugada digitando o bendito do projeto para ser apresentado aos coitados dos estagiários do vereador. Tratei de colocar muito amor em cada linha, especificar que não há fins lucrativos e o quão bom isto seria pra população e a cultura/arte regional. Mas é um saco!
 Odeio ter que fazer as coisas por obrigação. Se tivesse apenas que usar minha lábia para dar início ao projeto, tudo seria mais fácil. De certo modo, é bom que exercito minha datilografia (pff --').
 Agora, ás 14:05, ouvindo She's Lost Control, tenho que revisar o doc, garantir que não há nada fora dos eixos, correr numa lan house próxima e imprimir o documento e entregá-lo até ás 17:00. Tudo por quê eu menti. Disse que já tinha o documento em mãos.

 Fazer o quê?! É o famoso jeitinho brasileiro.
 Tu num é malandro? Agora aguenta, nojento!